sexta-feira, 2 de março de 2012

GEOGRAFIA PARA 0 9º ANO A e B DARIO GIOMETTI OS ASPECTOS ECONOMICOS DA GLOBALIZAÇÃO São os aspectos econômicos da globalização que têm sido objeto de controvérsias, bem como as instituições internacionais (FMI, Banco Mundial e OMC), as quais formularam regras que obrigam ou pressionam as nações mais pobres do mundo a colocar em prática idéias como a liberalização de mercados de capitais. A liberalização da economia tem muitas dimensões: a remoção da interferência do governo nos mercados financeiros, nos mercados de capitais e nas barreiras comerciais. A liberalização de mercados de capitais e financeiros contribuiu para as crises financeiras globais da década de 1990 e pode levar um pequeno país emergente à devastação. A privatização, a liberalização e a macroestabilidade supostamente criam um clima que atrai investimentos, incluindo os provenientes do exterior. A globalização provocou grandes transformações econômicas, sociais, culturais e políticas no mundo. A partir de 1980, observamos uma intensificação do processo de internacionalização das economias capitalistas, que se convencionou chamar de globalização. Algumas das características distintivas desse processo são a enorme integração dos mercados financeiros mundiais e crescimento do comércio internacional, principalmente dentro de grandes blocos econômicos. Um de seus traços marcantes é a crescente presença de empresas transnacionais. Estas diferem bastante das multinacionais, típicas das décadas de 1960 e 1970, constituindo um fenômeno novo. As transnacionais caracterizam-se pela fragmentação e dispersão do processo de produção por várias nações, através das filiais e dos fornecedores ou subcontratados (terceirização). Assim, obtém-se um produto final global composto de várias partes, desenvolvidas em inúmeros países, aproveitando ao máximo as vantagens comparativas de cada um. As multinacionais tendiam a reproduzir as relações de trabalho observadas nas matrizes, enquanto as transnacionais o fazem sob contratos de trabalhos diferentes. A velocidade de transmissão de dados permitida pela revolução da tecnologia da informação e da computação faz com que a dimensão espacial-geográfica (distância-localização) perca parte de sua importância. Nas últimas décadas, novas formas de gestão política e econômica surgiram, com destaque para o neoliberalismo, que tem como característica principal a retomada de princípios do liberalismo clássico, incluindo medidas econômicas, como o processo de privatização. O Chile e a Inglaterra foram os pioneiros na implantação do neoliberalismo. No final da década de 1990, temos o fim do período áureo do modelo neoliberal, com eleições em vários países, mudando o governo, devido ao agravamento dos problemas sociais, como o desemprego. Os resultados das políticas impostas pelo Consenso de Washington têm provocado um desenvolvimento lento e, onde ocorreu crescimento, os benefícios não têm sido repartidos igualmente. As reformas do Consenso expuseram os países a riscos maiores. Mas J. E. Stiglitz mostra, também, benefícios da globalização: • as exportações conduziram ao enriquecimento de grande parte da Ásia e deu a milhões de indivíduos condições de vida muito mais confortáveis; • a expectativa de vida em todo o mundo aumentou bastante, e o padrão de vida melhorou muito; • reduziu a sensação de isolamento que muitas das nações em desenvolvimento sentiam um século atrás; • a ajuda externa, outro aspecto do mundo globalizado, apesar de todos os seus defeitos, ainda traz benefícios para milhões de pessoas. Exercícios. De Pesquisa para nota grupo no Maximo 3 alunos 1- O que e transnacional , como e porque surgiu 2- Quais as principais multinacionais que temos no Brasil? 3- Fale sobre o neoliberalismo? O Brasil. Brasil quer a Integração Comercial de toda a América do Sul O ano de alargamento do Mercosul - essa poderia ser a manchete de síntese da evolução do ConeSul em 1996, se fosse verdade o que a imprensa brasileira noticiou nos últimos meses. Interpretando de forma simplista- e errada- os tratados formados pelo Chile e Bolívia com o Mercosul. O ano de alargamento do Mercosul - essa poderia ser a manchete de síntese da evolução do ConeSul em 1996, se fosse verdade o que a imprensa brasileira noticiou nos últimos meses. Interpretando de forma simplista - e errada - os tratados formados pelo Chile e Bolívia com o Mercosul, jornais e televisões noticiaram a adesão dos dois ao bloco sub-regional liderado pelo Brasil e Argentina. Isso não aconteceu, pelo menos por enquanto. Mas foi dado o primeiro passo nessa direção: o Chile e a Bolívia firmaram tratados de associação, o que significa que, sem aderir ao bloco, eles passam a aceitar regras de tarifas comerciais reduzidas no intercâmbio com os integrantes do tratado de Assunção de 1991. O passo adiante não aponta para o alargamento do Mercosul por agregações sucessivas, mas para o desenvolvimento de um processo mais complicado, que os diplomatas brasileiros apelidaram de estratégia do building blocks. O Chile esnobou o Mercosul até a pouco. "Adios, Latinoamerica", chegou a trombetear uma manchete de EL Mercurio, o principal diário de Santiago, resumindo uma política voltada para a Bacia do Pacífico e uma estratégia de integração do Nafta. As coisas mudaram. A solicitação de adesão à zona de livre comércio liderada pelos EUA esbarrou no colapso financeiro mexicano de dezembro de 1994. Escaldados, os parlamentares americanos negaram a tramitação rápida da solicitação no Congresso e as negociações continuam a se arrastar. Além disso, a abertura comercial que se espraia pela América Latina repercutiu sobre o intercâmbio externo chileno, puxando-o de volta para o subcontinente. A Bolívia solicitou, em julho de 1992, a adesão gradual ao Mercosul. O gradualismo boliviano está orientado para controlar um obstáculo político e diplomático: o país faz parte do Pacto Andino e Tratado de Assunção não permite a entrada de integrantes de outras zonas de comércio. Mas, no terreno da economia e da geografia, a Bolívia está cada vez mais colada ao Mercosul. O acordo recente para fornecimento de gás natural e construção de um gasoduto Brasil-Bolívia vale mais que as filigranas jurídicas que bloqueiam a adesão imediata. E as perspectivas de cooperação de todos os países do Cone Sul tendem a abrir duas saídas oceânicas regulares para a Bolívia, cuja história está marcada pela perda de portos de Atacama, na Guerra do Pacífico (1879-83). Não é provável que o Chile ingresse plenamente no atual Mercosul, e Santiago não quer perder suas vantagens comerciais no intercâmbio com o Nafta e a Bacia do Pacífico. A Bolívia não pretende deixar o Pacto Andino entrar no Mercosul, e o Chile, com melhores razões, não pretende desistir do ingresso no Nafta. O horizonte com o qual trabalham os diplomatas brasileiros é o da articulação gradual do Mercosul com os países e blocos comerciais vizinhos, com vistas á formação de uma Associação de Livre Comércio Sul-Americana (Alcsa). Essa é a estratégia do buiding-blocks. A sua meta consiste em criar, a partir de um grande bloco comercial na América do Sul, a plataforma ideal para negociar a integração pan-americana com a superpotência do Norte. É por isso que o Brasil não tem pressa nas conversações destinadas à formação de uma super zona de livre comércio das três Américas, que foram lançadas pelo ex-presidente dos EUA, George Bush, em 1990. Do ponto de vista brasileiro podemos citar como áreas que ganharam impulso: * Automobilística; * Geração de energia; * Telecomunicações; * Serviços. Enquanto que os setores mais prejudicados são: * Agricultura; * Têxtil; * Borracha; * Calçados. A outra faceta do processo de Globalização está na indústria. Tomem-se as dez maiores corporações mundiais: 1. Mitsubishi; 2. Mitsui; 3. Itochu; 4. Sumimoto; 5. General motors; 6. Marunbeni; 7. Ford; 8. Exxon; 9. Nissho 10 Shell; Estas empresas faturam 1,4 trilhões de dólares, o que equivale ao PIB conjunto de: * Brasil; * México; * Argentina; * Chile; * Colombina; * Peru; * Uruguai; * Venezuela. Metade dos prédios, máquinas e laboratórios desses grupos e mais da metade de seus funcionários em unidades for do país de origem e 61% do seu faturamento é obtido em operações no estrangeiro. A força dessas corporações e sua atuação geográfica mudaram o enfoque do jogo econômico. No passado, quem fazia as grandes decisões econômicas eram os fovernas. Agora são as empresas e estão decidindo basicamente o que, como. quando e onde produzir os bens e serviços utilizados pelos seres humanos. Para conseguir preços melhores e qualidade de mais alta tecnologia em sua guerra contra os concorrentes, as empresas cortaram custos. Isto é, empregos, e ainda aumentaram muito os seus índices de automação, liquidando mais postos de trabalho. Nos estudos econômistas, deu-se o nome de "desemprego estrutural" a essa tendência. O desemprego estrutural é um processo cruel porque significa que as fábricas robotizadas não precisam mais de tantos operários e os escritórios podem dispensar a maioria de seus datilógrafos, contadores e gerentes. Ele é diferente do desemprego que se conhecia até agora, motivado por recessões, que mais cedo ou mais tarde passavam. Os economistas apontam no desemprego estrutural um paradoxo do sistema de Globalização. Ele se ergueu para produzir coisas boas e baratas, vendidas numa escala planetária, fabricadas em grande parte por robôs, que são orientados por computadores. Mas por cortar o emprego das pessoas e sua renda não terá para quem vender seus carros reluzentes e seus computadores multimídia. Segundo os críticos, a outra nota ruim da Globalização está no desaparecimento das fronteiras nacionais. Os governos não conseguem mais deter os movimento do capital internacional. Por isso, seu controle sobre a política econômica interna está se esgarçando. A quebra mexicana no final de 1994 é o exemplo mais marcante dessa perda de controle. Assim que o governo desvalorizou o peso frente ao dólar, os investidores sacaram vários bilhões aplicados no país e o México precisou de um pacote de socorro do FMI e do governo estadunidense. Os governos também estão perdendo a capacidade de proteger o emprego e a renda das pessoas. Se um país estabelece uma legislação que protege e encarece o trabalho, é provavelmente excluído da lista de muitos projetos de investimento. Há, enfim, uma perda de controle sobre a produção e comercialização de tecnologia, o que nos tempos da Guerra Fria, seria impensável. Naquela época, a tecnologia estava ligada à soberania dos países. No espaço de duas gerações, o mundo ficou muito complicado. Os que completam 40 anos em 1997 nasceram sob o signo do SPUTINIK, a pequena bola de metal, dotada de um transmissor de rádio, que os russos na órbita terrestre pela primeira vez, detonando a corrida espacial. Naquela época um computador pesava 30 toneladas e era chamado de cérebro eletrônico. Os aviões a jato eram uma novidade e a distância entre os países, um obstáculo difícil de transpor. O Brasil não conhecia o hambúrguer, não tinha indústrias automobilísticas, nem supermercados e a capital ficava no Rio de Janeiro. A corrida espacial consumiu dinheiro maciço em pesquisa e formação de cientistas, e seu subproduto tangível é, por exemplo, o raio laser, o satélite, o videocassete e as raquetes de tênis feitas de grafite. Ela provocou uma revolução tecnológica na qual as empresas se basearam para moldar a economia global. Com esforço e um grau de alta ansiedade, os brasileiros estão deixando o seu isolamento para entrar nessa corrente. A ginástica pode ser cansativa e dolorida, mas há outra maneira de ingressar no futuro. Ou de não comer poeira ficando no passado. O processo econômico sempre sofreu suas criticas de adaptação, mas as próprias crises sempre produziram as soluções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário